5 raças de cães que infelizmente não existem mais

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Até 2018, a FCI (Federação Cinológica Internacional) reconhecia a existência de 344 raças de cães. No entanto para outras estatísticas, atualmente há mais de 400 raças de cães espalhadas pelo mundo. Muitos não sabem, mas no passado várias raças de cães figuraram aqui na terra (talvez até mais do que as 400 que supostamente existem). Dentre essa variedade de raças extintas, há muitas das quais nunca imaginaríamos nunca existir.

A razão para extinção desses animais possui diversas variáveis que vão desde o extermínio até a reprodução excessiva. Por aqui, separamos 5 dessas raças de cães que infelizmente foram extintas.

1 - Bullenbeisser

Começamos a lista o Bullenbeisser ou Buldogue Alemão. Nativo da Alemanha, no passado esse cão foi muito usado em uma prática de esporte popular na idade média chamada ‘Bull-Baiting’ que consistia em colocar cães dessa raça para lutar com touros. Isso aconteceu até o século 19.

Durante o combate, o cachorro tinha que lutar contra um touro de quase uma tonelada, já dá pra notar aí a diferença. No entanto, a grande maioria dos Bullenbeisser, eram treinados para agarrar o nariz do touro e segurar até que ele caísse.

Obviamente, isso era perigoso tanto para o touro quanto para o cachorro - o cachorro seria sacudido violentamente e, se não conseguisse se segurar, seria pisoteado ou chifrado pelo touro.

Os Bullenbeisser eram conhecidos por sua força e coragem, porém infelizmente a raça foi extinta devido a sucessivos cruzamentos com outras raças de cães.

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2 - Cão fueguino

Com poucas espécimes remanescentes restantes, os Cães Fueguinos foram domesticados por um grupo indígena sul-americano chamado Selk'nam, que vivia na região da Terra do Fogo, no sul da Patagônia.

De acordo com pesquisadores, os exemplares dessa raça sofreram um destino cruel que muitos não iriam gostar. Eles foram em sua maioria exterminados por colonos europeus, embora alguns deles tenham sobrevivido até a década de 1970.

Não se sabe muito sobre essa raça, exceto o que está escrito em algumas descrições escritas por europeus que interagiam constantemente com os cães. Um deles descreveu os cães fueguinos como barulhentos, agressivos e traiçoeiros o que faz sentido já que eram usados para caça e proteção. O escritor também disse que qualquer pessoa poderia "facilmente confundi-los com uma raposa gigante".

3 - Tahltan

Muito antes da chegada dos europeus a América do Norte, os povos indígenas de lá, já criavam dezenas de raças de cães. Uma delas é o Tahltan, que foi originalmente criado e de propriedade das Primeiras Nações Tahltan no noroeste da Colúmbia Britânica.

Segundo pesquisadores, os cães Tahltan tinham o tamanho de raposas mas com orelhas pontudas e caudas espessas. E apesar do seu tamanho diminuto, esses cães eram bons caçadores de ursos.

Bem como outras raça de cães, os pesquisadores estão tentando trazer o Tahltan de volta, só que não é tão fácil assim, já que o cão teria que ter as mesmas características do animal do passado.

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4 - Salish

Na Costa Salish, região situada no noroeste do litoral pacífico, Canadá. Existiu o Salish, uma raça de cão-pastor criado para produzir lã, que era usado para criar roupas. Muito importante para a cultura dos povos do grupo indígena, os cães felpudo possuíam orelhas moles e eram sempre brancos. Seu pelo macio era penteado, com isso, os pelos que se soltavam podiam ser transformados em cobertores.

Vale ressaltar a importância desses cães, já que eram tratados com muito respeito e reinavam na casa das pessoas. Além disso, por serem utilizados para caça, os cachorros eram considerados intermediações entre os animais e seres humanos. Por esse motivo, eles recebiam nomes e eram enterrados quando mortos.

O animal também acabou sendo extinto com a chegada dos colonizadores, o que trouxe outras formas de produzir tecidos.

5 - Poi havaiano

Considerados feios devido a sua aparência esquelética e com patas pontudas, os Poi havaianos não conseguiam latir, o que não ajudou na sua imagem. Segundo Carys Williams, pesquisadora da ONG Dogs Trust, no Reino Unido, que estudou os Poi, os animais só sabiam uivar e ganir.

Por conta das evidências genéticas, acredita-se que os Poi eram parentes próximos dos dingos australianos e descendiam de cães levados às ilhas séculos atrás. O povo da época tratava os cães como animais de estimação, isso porque não existia trabalho para eles realizarem, visto que não havia grandes predadores na ilha, nem precisavam de transporte, pelo fato dela ser muito pequena.

No entanto, o animal poderia ser servido como comida em banquetes de cerimônias. Além disso, a pelagem do cão poderia ser utilizada para a produção de roupas e seus dentes para a produção de jóias.

Uma curiosidade sobre essa raça é que ela era vegetariana. Isso pode explicar o prato havaiano com o mesmo nome, que é feito à base de raízes.

Acredita-se que essa raça desapareceu após a chegada dos colonizadores com seus cachorros. Isso fez com que os cruzamentos entre raças aumentasse a miscigenação e extinguisse os cães nativos.