Estudo aponta que metade das praias mundiais irão desaparecer até 2100.

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Esse novo estudo publicado na revista Nature Climate Change que está repercutindo em alguns meios, destaca que até 2100 metade das praias que existem no mundo inteiro irão dar adeus devido às rápidas e drásticas mudanças climáticas com auxílio do aumento dos níveis dos oceanos.

Mesmo que a humanidade consiga reduzir efetivamente as emissões de gases de efeito estufa, responsáveis ​​pelo aquecimento global, mais de um terço da costa arenosa mundial está ameaçada, de acordo com este estudo.

Todo esse caos ambiental, teria um grande impacto nas atividades turísticas, mas não apenas nesse nível.
"Além do turismo, as praias são frequentemente o primeiro mecanismo de proteção contra tempestades e inundações e, sem elas, os impactos de eventos climáticos extremos provavelmente seriam muito mais fortes", ressalta Michalis Vousdoukas, pesquisador do Centro Comum de Pesquisa da Comissão Europeia, e líder do estudo.



As praias de areia ocupam mais de um terço das costas marinhas do mundo e são frequentemente encontradas em regiões densamente povoadas. Mas eles estão ameaçados pela erosão por causa de novas construções, aumento dos níveis dos oceanos, tempestades, infraestrutura e vida ameaçadoras.

A Austrália por sua vez, pode ser a nação mais afetada, com seus quase 15.000 quilômetros de praias de areia apagados do mapa daqui à 80 anos. Os cientistas trabalharam em dois cenários ou modelos, nos quais as emissões de gases de efeito estufa continuam na taxa atual, ou outra, na qual o aquecimento global é limitado a 3° C, no entanto considerado alto nível.

No pior desses casos, 49,5% das praias desapareceriam, ou seja, aproximadamente 132.000 quilômetros de costa. No outro, cerca de 95.000 quilômetros seriam afetados.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (da ONU, o GIEC), estimou em um relatório publicado em setembro passado que o nível dos oceanos poderem subir 50 centímetros em 2100, na melhor das hipóteses, e 84 centímetros na pior. No entanto, muitos cientistas acreditam que essas hipóteses são apenas conservadoras.