8 Fatos incríveis sobre a cultura maia que você precisa conhecer
A cultura maia é uma das mais fascinantes e misteriosas da história da humanidade. Desde costumes únicos até avanços impressionantes na medicina e na arquitetura, os maias deixaram um legado que ainda hoje desperta curiosidade e admiração. Confira agora oito fatos surpreendentes sobre essa civilização.
1. Infância
Os maias cultivavam padrões estéticos específicos e acreditavam que certas características físicas eram desejáveis desde a infância. Por isso, os pais moldavam a testa dos bebês para que ficasse achatada, utilizando tábuas e faixas. Além disso, eles induziam o estrabismo cruzando os olhos dos recém-nascidos, muitas vezes pendurando objetos na frente do rosto da criança. Outro costume importante era nomear os filhos de acordo com o dia de nascimento, seguindo um calendário sagrado que determinava nomes específicos para meninos e meninas.
2. Medicina
Os maias possuíam um sistema médico altamente avançado, que integrava práticas espirituais, rituais e conhecimentos científicos. A medicina era exercida principalmente pelos xamãs, que atuavam como curandeiros e médiuns espirituais, realizando tratamentos físicos e intervenções cirúrgicas. Esses especialistas eram capazes de suturar feridas com fios de cabelo humano, tratar fraturas e até realizar procedimentos odontológicos, como implantes e obturações com materiais como jade, turquesa e pirita de ferro.
3. Sacrifícios de sangue
Os sacrifícios de sangue eram parte fundamental dos rituais religiosos e médicos da cultura maia. Embora no passado o sacrifício humano fosse praticado, atualmente os descendentes maias preservam essa tradição de forma simbólica, utilizando sangue de galinha em cerimônias. Os rituais continuam incluindo elementos como orações, oferendas, queima de incenso de copal, danças e celebrações com bebidas tradicionais, mantendo a conexão espiritual com os ancestrais.
4. Uso de analgésicos naturais e substâncias alucinógenas
Os maias faziam uso regular de plantas com propriedades medicinais e alucinógenas, tanto em rituais religiosos quanto como analgésicos na vida cotidiana. Entre as substâncias mais comuns estavam o peiote, cogumelos psicoativos, a ipomeia, o tabaco e plantas utilizadas na produção de bebidas alcoólicas. Esse profundo conhecimento botânico destaca a relação íntima dos maias com a natureza e sua capacidade de explorar os recursos naturais para fins terapêuticos e espirituais.
5. O jogo de bola
O jogo de bola mesoamericano era uma prática central para os maias, exercendo funções que iam além do entretenimento, com forte significado religioso e político. Jogava-se com uma bola de borracha, pesada e aproximadamente do tamanho de uma bola de vôlei. Representações artísticas sugerem que, em algumas ocasiões, cabeças humanas ou crânios limpos podem ter sido usados como bolas, reforçando o caráter ritualístico do jogo. Até hoje, versões modernas desse esporte ainda são praticadas em algumas comunidades da América Central.
6. Saunas maias
As saunas, conhecidas como zumpul-che, eram elementos importantes na cultura maia, utilizadas para rituais de purificação tanto espiritual quanto corporal. Essas estruturas eram construídas com paredes de pedra e pequenas aberturas no teto para liberação do vapor. As saunas eram utilizadas por mães que haviam acabado de dar à luz, por pessoas doentes em busca de cura e também por nobres e reis que buscavam a purificação ritual.
7. O calendário maia
Os maias não utilizavam um único calendário, mas sim vários sistemas interligados, como o Tzolk’in e o Haab’, que regulavam eventos religiosos, agrícolas e sociais. De acordo com a mitologia maia, atualmente vivemos no quarto ciclo ou "criação". A ideia de que o mundo acabaria em 2012 foi um equívoco; para os maias, esse ano marcou o encerramento de um ciclo e o início de uma nova era, celebrada como um renascimento espiritual e cultural.
8. O desaparecimento
O desaparecimento da civilização maia é um dos maiores enigmas da arqueologia. As teorias sobre o colapso dividem-se entre hipóteses não ecológicas, como superpopulação, invasões estrangeiras e revoltas internas, e hipóteses ecológicas, que incluem desastres ambientais, epidemias e mudanças climáticas. Pesquisas recentes indicam que uma seca severa, que durou cerca de 200 anos, pode ter sido um fator determinante para o declínio dessa complexa civilização.
Fonte: Supercurioso