8 Pandemias históricas que deixaram a sociedade de cabelo em pé

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O termo pandemia refere-se a um surto de uma doença infecciosa que se espalha além fronteiras. Na história atual, pandemias de gripe são as mais comuns, mas anos atrás o contexto era bem diferente, a peste bubônica era um problema bem mais intenso e agressivo responsável por dizimar populações inteiras de inúmeros países. E embora ela esteja a mais de 50 anos longe do continente europeu, a peste ainda prevalece em 20 países. Atualmente as pandemias gripais são as mais comuns, o surgimento do Coronavírus prova isso.


1 – Praga de são Francisco (1900 – 1904)


Este foi primeiro exemplo de peste bubônica nos Estados Unidos. Dos 121 casos iniciais, 119 morreram. Enquanto San Francisco se comprometeu a matar o maior número possível de ratos para conter um dos vetores chave da doença, os cientistas descobriram que o esquilo da Califórnia também carregava a infecção. Como resultado, a peste bubônica se espalhou pelo oeste dos Estados Unidos como uma praga rural.

2 – Gripe espanhola (1918 – 1920)


Em todo o mundo, incluindo regiões remotas no Ártico em especial ilhas isoladas, um surto de H1N1 infectou 500 milhões de pessoas e causou a “rodo” a morte de 50 a 100 milhões de pessoas. Durante a Primeira Guerra Mundial, o surto espalhou-se rapidamente por causa dos locais próximos as trincheiras ante a desnutrição e condições precárias das tropas. Em geral, os muito jovens e idosos são mais propensos aos surtos de gripe, porém a gripe espanhola parecia ter como alvo um número desproporcional de jovens adultos.

3 – Gripe de Hong Kong (1968 – 1969)


Um vírus tipo H3N2 que começou em Hong Kong, mas logo se espalhou pelos quatros cantos do mundo, matou mais de um milhão de pessoas. Hipócrates, o médico grego, descreveu a gripe pela primeira vez em 412. Desde então, há uma pandemia mundial de gripe a cada 10 a 30 anos.

4 – Pandemia de cólera (1852 – 1860)


Ao longo da historia mundana, houveram sete pandemias de cólera de proporções globais. Esse surto, considerado o mais mortal, ceifou a vida de mais de um milhão de russos. Centenas de milhares de pessoas também morreram no Reino Unido, Espanha e México. A pandemia de cólera mais recente ocorreu nos anos sessenta e setenta, afetando a Indonésia, a Índia e a Rússia.

5 – Praga de Justiniano (541 – 542)


Voltando mais na história, encontramos o primeiro surto registrado de peste bubônica no mundo. Começou em Constantinopla e passou pelas cidades portuárias do Mediterrâneo. Nas piores estimativas, dados afirmam que o vírus matou entre 5.000 e 10.000 pessoas por dia. Em todo o mundo, 25 milhões morreram e a população europeia diminuiu drasticamente pela metade em 50%.

6 – Peste negra (1346 – 1353)


Este surto de peste bubônica desencadearia futuramente um ciclo de epidemias europeias a cada poucos anos até o século XVIII. Mais uma vez, na década de 1370, reduziu a população da Inglaterra em 50%, nas áreas urbanas mais afetadas. Agora, acredita-se que as pulgas que viajam nos pelos dos ratos a bordo de navios levaram a praga pelos três continentes, matando 75 milhões de pessoas em todo o mundo.

7 – Pandemia de peste de Antonino (165 dC)


Matando 5 milhões de pessoas e tendo suas causas desconhecidas, a Pandemia de peste de Antonino, também conhecida como Praga de Galeno ou Praga de Antonina foi uma pandemia antiga que afetou a Ásia Menor, o Egito, a Grécia e a Itália. Embora sua verdadeira causa seja desconhecida acredita-se que tenha sido varíola ou sarampo. Essa enfermidade desconhecida foi trazida de volta a Roma pelos soldados que retornaram da Mesopotâmia por volta de 165 dC; sem saber, eles disseminaram uma doença fatal que acabaria matando mais de 5 milhões de pessoas e dizimando todo o exército romano.

8 – Pandemia de AIDS/HIV (No auge durante 2005-2012)


Identificado pela primeira vez na República Democrática do Congo em 1976, o HIV/AIDS provou ser uma perigosa pandemia global, dizimando mais de 36 milhões de pessoas desde 1981. Atualmente, existem entre 31 e 35 milhões pessoas vivendo com HIV, a grande maioria delas está na África Subsaariana, onde 5% da população está infectada, aproximadamente 21 milhões de pessoas. À medida que a conscientização cresce, novos tratamentos foram desenvolvidos para tornar o HIV muito mais gerenciável e muitos dos infectados passam a levar uma vida produtiva. Entre 2005 e 2012, as mortes globais anuais por conta HIV/ AIDS caíram de 2,2 milhões para 1,6 milhões.