Quem era a avó de Jesus?
Santa Ana e a Virgem |
Lawless
comenta que os livros canônicos da Bíblia não mencionam os pais da Virgem
Maria. Mesmo assim, a tradição cristã, baseada em parte nos evangelhos apócrifos,
os identifica como Joaquim e Ana. Sua história, amplamente conhecida no século
13, sugere que eles foram casados, mas sem descendência, por vinte anos, até
serem milagrosamente abençoados. com o nascimento de Maria.
A
doutrina vigente estabelece que, ao contrário da filha, Ana concebeu da forma
usual
O papel de
Santa Ana no cristianismo estava relacionado à doutrina da Imaculada Conceição,
uma questão muito debatida até 1854, quando um documento papal a estabeleceu
como crença católica oficial. Basicamente, a doutrina sustenta que Maria, ao
contrário do resto dos seres humanos, não tinha pecado desde o momento de sua
concepção, o que a habilitava a ser a mãe de Deus.
Apesar
disso, a Igreja finalmente esclareceu que Maria não foi concebida simplesmente
por meio de um beijo entre seus pais na Porta Dourada de Jerusalém, como alguns
crentes afirmaram. A doutrina vigente estabelece que, ao contrário da filha,
Ana concebeu da maneira usual.
Conforme
refletido na arte, Santa Ana não apenas trouxe ao mundo uma menina livre de
pecado, mas também a acompanhou na criação do Filho de Deus. No final do Renascimento,
as pinturas frequentemente mostravam os três juntos. Em algumas, Ana segura
Maria, que por sua vez está com a criança no colo. Em outras, Ana segura a
pequena Maria com uma mão e Jesus com a outra. Existem até representações onde
ela segura o Santo Niño enquanto Maria está ao seu lado.
A virgem o Menino e Santa Ana |
Pode-se
dizer que ele também teve um papel na Reforma Protestante. Em 1505, quando
Martinho Lutero, filho de um mineiro, era jovem, foi apanhado por uma violenta
tempestade. Ele implorou a Santa Ana, prometendo que se ela o protegesse, ele
se tornaria um monge. Cumpriu a promessa entrando para um convento agostiniano,
lançando as bases para a futura publicação das Noventa e Cinco Teses e o surgimento
de novas correntes cristãs que mostravam muito menos interesse por Santa Ana ou
sua filha.