Coisas que nunca TE CONTARAM sobre Pequim

Leia também

Muitas pessoas ouvem falar de Pequim, mas poucos sabem algo sobre a gigante metrópole oriental. A cidade cuja sua história é viva a mais de dois milênios, possui um forte apelo cultural que faz dela um dos locais mais visitados do mundo. Com 20 milhões de residentes em seus contornos urbanos, Pequim é a segunda maior cidade da China e a oitava maior do mundo.

Todos esses números provam que a gigante asiática tem uma diversidade de histórias e fatos surpreendentes que a maioria das pessoas não conhece e que nem são mostrados em alguns dos guias de viagem mais famosos do mundo. Diante disso, conheça agora uma série de coisas interessantes que nunca TE CONTARAM sobre Pequim.

Não foi fundada pelos chineses

A intricada história de Pequim remonta a milênios, Segundo a Enciclopédia Britannica, a região aos arredores de Pequim é habitada há cerca de 3.000 anos. Entretanto, a verdadeira cidade de Pequim não foi estabelecida pelos chineses, mas pelos mongóis que conquistaram a China e estabeleceram a dinastia Yuan.

Kublai Khan, um sucessor de Ghengis Khan, substituiu o antiga cidade mongol de Karakorum por uma nova capital que ele nomeou em 1272 como Dadu, que significa "Grande Capital". Após a derrubada bem-sucedida dos mongóis pelos Ming, a cidade perdeu seu status de capital e foi renomeada no século 14 para Beiping, que significa "Paz do Norte". No entanto, as disputas sobre o trono levaram um usurpador a declarar a cidade sua capital e, em 1403, ele a rebatizou de Pequim, que significa "Capital do Norte".

Grande parte de sua economia vêm da agricultura

Se disser isso a muita gente, elas não vão acreditar. Por ser uma cidade modelo para muitas outras, muitos não acreditam que a agricultura compreende a uma parcela consideravelmente grande da economia de Pequim.

Essa realidade só foi possível graças a uma iniciativa do governo na década de 1950, que expandiu a área municipal de Pequim. Com isso, a cidade desenvolveu uma semi-autossuficiência com agricultura em um cinturão ao redor da cidade que é irrigado por canais.

A terra é intensamente cultivada com uma variedade surpreendente de culturas, incluindo vários vegetais, peras, castanhas, caquis e maçãs. Pecuária, como aves e porcos também são criados.

Tem um estilo culinário peculiar

Os hábitos culinários de Pequim foram fortemente influenciados pelos muçulmanos chineses, os Hui. Este grupo incluiu o cordeiro na culinária de lá, o que contribuiu para uma variedade de outros tipos de pratos. Os pratos locais populares em Pequim incluem desde tripas cozidas e suco de feijão azedo (eca) até carne de carneiro lavada. No entanto, a comida mais tradicional em Pequim é a base de trigo.

Mas o prato mais amado, da metrópole é o Pato-à-Pequim conhecido aqui no Brasil como Pato Laqueado. Essa tradicional receita de quatro séculos de idade baseava-se na criação do “Pato-de-Pequim” uma espécie especial de pato que é solta durante as três semanas de vida e depois são alimentados à força quatro vezes por dia por mais 4-5 semanas, até ficarem bem gordos e com um peso de cerca de 2,5 kg.

O metrô de Pequim é o mais movimentado do mundo

Desde a devastação da primeira metade do século 20 que incluiu a queda da dinastia Qing, a invasão japonesa e, em seguida, a ascensão do estado comunista, a China passou décadas tentando se modernizar.

Uma dessas melhorias foi com o transporte. Em 1969, Pequim se tornou a primeira cidade da China a construir um sistema de metrô. O alcance e o uso do sistema se expandiram muito nas décadas seguintes, de modo que agora segundo dados atuais, o metrô opera 22 linhas com 1 aeroporto expresso, 345 estações e 357 milhas de trilhos. 

É o segundo maior sistema de metrô do mundo, perdendo apenas para o de Xangai. Porém é o mais movimentado do mundo. Em 2016, o sistema registrou um pico de 3,66 bilhões de viagens com um número de passageiros de quase 10 milhões por dia.

O problema da poluição de Pequim está melhorando

Pequim é conhecida como uma das grandes cidades mais poluídas do mundo. De acordo com a CNN um dos anos mais notórios foi 2013, que foi apelidado de "apocalipse aéreo". Foi tão ruim que a Reuters informou que a poluição era 30 a 45 vezes maior do que o que era seguro e aconselhou as pessoas a ficarem dentro de casa. Foi tão ruim que as pessoas modificaram seus horários para evitar o pior da poluição. O céu, fornecido pela natureza, não podia ser visto regularmente – apenas uma tela cinza em branco.

A poluição era tão notória que mesmo um governo autoritário como o Partido Comunista Chinês não poderia ignorá-la. Desde 2013, uma iniciativa antipoluição impulsionada por uma surpreendente dissidência local permitiu que o céu azul fosse visto novamente em Pequim. Enquanto esse movimento ambiental nascente ameaçava se tornar nacional e o governo o reprimia, a mensagem foi ouvida. Nesse momento, o governo mudou o rumo de uma política de crescimento econômico a qualquer custo para uma política mais ecológica. Estações de monitoramento do ar foram instituídas e minas e usinas de carvão altamente poluentes foram fechadas. Embora certamente haja um longo caminho a percorrer, os céus de Pequim agora são apontados como sendo (às vezes) azuis em vez de cinzas.

Tem sete Patrimônios Mundiais da UNESCO

Para os viajantes que desejam encontrar bons  lugares para explorar, não há lugar melhor do que Pequim. E há uma boa razão para que Pequim seja a cidade turística número 1 na China. A cidade guarda sete locais do Patrimônio Mundial da UNESCO. Tá explicado agora porque ela é tão visitada.

Dentre esses locais, estão O Grande Canal da China, a Cidade Proibida, uma seção da Grande Muralha, o Palácio de Verão, o Templo do Céu e as Tumbas Ming. Além desses lugares que destacam a história da China, nos arredores da cidade, a profundidade do nosso conhecimento do passado humano foi muito aumentada. Os turistas também podem visitar o local de escavação onde foram descobertos os famosos restos do "Homem de Pequim" do Sinanthropus pekinensis (agora conhecido como Homo erectus pekinensis).

Pequim e suas minorias

Embora Pequim seja de fato o coração cultural da China, também é como outras metrópoles do mundo, pois é diversificada, embora menos do que outras. A Enciclopédia Britannica aponta que a população de Pequim tem uma esmagadora maioria de chineses étnicos han (mais de 95% dos moradores, de acordo com a World Population Review), mas também existem inúmeras minorias na cidade. Esses outros grupos são muçulmanos chineses (hui), manchus e mongóis. Pequim dificilmente é poliglota, já que a língua padrão falada na cidade é um dialeto local do mandarim. 

A cidade também tem uma interessante distribuição demográfica. De acordo com Statista, há relativamente poucos idosos e poucas crianças na cidade, com a maioria da população composta por pessoas em idade ativa. Além desses grupos, há também um grande número de estrangeiros que moram na cidade para trabalhar como diplomatas, empresários, jornalistas, estudantes e professores. Os sul-coreanos, em particular, se aglomeraram em Pequim, com cerca de 200.000 migrando para a cidade. A maioria desses estrangeiros vive à parte da população geral da cidade. Eles tendem a viver nos novos arranha-céus da cidade e são atendidos pelo governo da cidade.

Via: Britannica, Wikipédia, Grunge